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Artigos

  • Os sonhos de Nélida

    Site Chumbo Gordo , em 23/12/2022

    Foi uma amizade de muitos anos. É grande, pois, a dor sentida pela perda da escritora Nélida Piñon, que faleceu em Portugal, aos 85 anos de vida.

  • Nélida

    Portal da ABL, em 19/12/2022

    A morte de Nélida Piñón é para mim um golpe pessoal, tão estreita era a nossa amizade e tão profunda a admiração que lhe tinha. A conheci quando ainda estreávamos, eu tentando conciliar vocação e destino e ela com os passos largos que a fizeram rapidamente uma das maiores romancistas da língua portuguesa.

  • Nélida, a maga

    Portal da ABL, em 05/10/2020

    Para quem escreve – e também para quem lê – Nelida Piñon, que ocupa um nicho único na literatura brasileira, acabou de dar a chave de uma saga.

  • Rio, do Brasil

    O Globo, em 24/12/2017

    Meu coração recrimina quando ajo como se o Rio de Janeiro não merecesse ser a cada golpe inaugurado pelos meus olhos. Não fosse em si uma dádiva que me chegou junto com a vida que arfa teimosa. Uma paisagem cuja beleza é centro da fantasia brasileira, nela estão encravados os mitos nacionais.

  • Os sonhos seguram o mundo

    Diário da Manhã (GO), em 13/09/2017

    Quando eu disse à escritora Nélida Piñon, autora do famoso “A república dos sonhos”, que estava de viagem a Portugal, ela, de forma veemente, recomendou: “Não deixe de visitar a Fundação José Saramago. Há muito o que aprender com as obras do único escritor em língua portuguesa que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura.”

  • Eu te amo

    O Globo, em 02/07/2017

    Repeti a pergunta a minha querida Nélida Piñon, e ela, com sua autoridade literária, confirmou que o eu te amo é uma expressão recente entre nós.

  • Eu te amo

    O Globo, em 18/06/2017

    Repeti a pergunta a minha querida Nélida Piñon, e ela, com sua autoridade literária, confirmou que o eu te amo é uma expressão recente entre nós.

  • Maria do Carmo

    Jornal do Commercio (PE), em 03/01/2016

    A cena humana se empobrece com a perda de Maria do Carmo Vilaça. Confesso minha profunda tristeza por não poder contar mais com sua generosidade, seu encanto, a elegância que nos ofertava nos gestos mais simples.

  • A longa jornada

    O Globo, em 08/11/2015

     Cedo hoje com muito prazer o espaço da coluna para minha amiga e colega da Academia Brasileira de Letras, escritora Nélida Piñon, dentro da campanha #AgoraÉQueSãoElas. Nélida, em 1996, foi a primeira mulher a presidir a ABL, justamente no seu centenário. Ninguém melhor, portanto, para dar testemunho dessa longa jornada das mulheres.

  • O livro em cena

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 16/09/2006

    Foi uma idéia das mais felizes - e que se realizou pela terceira vez, em Curitiba - o evento intitulado "Livro em Cena", promovido pelo Colégio Decisivo. Nas magníficas instalações da Estação Embratel Convention Center, na capital paranaense, 1.400 pessoas aplaudiram com muita ênfase as apresentações de membros da Academia Brasileira de Letras, fazendo a análise de escritores de nomeada e que costumam ser citados nos vestibulares. A idéia nasceu com Carlos Heitor Cony.Quem não conhecer particularidades da obra de Ariano Suassuna, por exemplo, está fadado ao insucesso. Desta feita, a análise foi feita do seu clássico O santo e a porca, com o esclarecimento inicial de que o animal referido não é exatamente a fêmea do porco, mas sim um cofrinho de madeira, onde o personagem principal costumava guardar por anos as suas economias, muitas das quais referentes a salários não pagos aos seus funcionários. Coisas bem típicas do simbolismo praticado pelo autor paraibano.Outro desafio foi a lembrança do premiado O pagador de promessas, de Dias Gomes, autor baiano com muito sucesso no Rio de Janeiro - e que morreu precocemente em desastre de automóvel. O ex-marido da campeã Janet Clair adotou uma linha realista como gênero literário. Brilhou na TV, onde o seu "O bem amado" deixou história, com o paradigmático prefeito Odorico Paraguaçu ("vamos deixar de entretantos e partir para os finalmentes"). Na ocasião de discussão em torno dessa obra de grande repercussão, lembramos suas semelhanças com o clássico "O coronel e o lobisomem", de outro renomado acadêmico da nossa literatura: José Cândido de Carvalho. O curioso é que a ambiência deste último é a cidade de Campos dos Goytacazes, enquanto o escritor baiano criou uma cidade fictícia, que pode ter se situado no interior do seu Estado. Pura coincidência? Vamos deixar que corra essa versão mais cômoda.Nélida Piñon falou, a pedido dos diretores Índio do Brasil e Jacir Venturini, a respeito de D.Casmurro, uma das maiores obras de Machado de Assis, e o pequeno mas consistente livro de José de Alencar intitulado Como e porque sou romancista. É um texto que nasceu como folhetim, num jornal do Rio, mas que sintetiza tudo o que deve conhecer um candidato a escritor, com pendores para o romance. Por essa razão, Alencar é considerado o pai do romance brasileiro. Foi muito aplaudida, como sempre, pelo seu poder de síntese e a forma apaixonada como se refere è literatura brasileira, sendo ela uma das nossas autoras mais conhecidas lá fora, detentora de vários prêmios, especialmente no mundo hispânico.O professor Juarez Poletto, mestre querido de Literatura dos alunos do Colégio Decisivo, deu a sua colaboração, arrancando aplausos dos alunos por sua magnífica análise crítica de Leão de Chácara e Muitas Vozes. Depois do almoço foi a vez do acadêmico e jornalista Cícero Sandroni, hoje Secretário Geral da ABL. Discorreu com muita propriedade sobre Memórias de um Sargento de Milícias e Terras do Sem Fim.Como fecho de ouro, Lygia Fagundes Telles. Tem um enorme prestígio no Paraná. Falou sobre Meus Poemas Preferidos e Seminário dos Ratos. Explicou, de forma pessoal, todos os meandros da sua original construção literária. Quando terminou o seu tempo, foi ovacionada. Uma bela e proveitosa ocasião, rara, diga-se de passagem, para a necessária interação aluno-professor.

  • Genocídio e evidência

    Correio Braziliense (Brasilia), em 23/06/2006

    Na semana passada, participei em Jerusalém de um seminário internacional sobre imigração e cultura. Tema importante, do ponto de vista literário, sobretudo em um país como o Brasil que é um verdadeiro melting pot, uma mistura de etnias, de religiões, de tradições. Não é de admirar que os imigrantes tenham papel destacado nas obras de nossos escritores: os alemães em Graça Aranha, em Vianna Moog e em Josué Guimarães, os espanhóis em Nélida Piñon, os italianos em José Clemente Pozenato, os portugueses em Ana Maria Machado, os libaneses em Milton Hatoum, para ficar só com alguns exemplos. 

  • Abelardo e Heloísa

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 12/04/2006

    Naquela manhã de outono concebo mortos, fantasmas. Dou-lhes formas, vejo-os em cada canto. Eles insistem em me perseguir enquanto desço a Rue de La Montagne Sainte-Geneviève. Esses espíritos, ansiosos por identificar-se, atropelam contudo as palavras. Descubro que são discípulos de Abelardo, na expectativa de que o monge retorne ao bairro latino. Como por milagre, Abelardo surge, incerto quanto à modernidade daquela mulher brasileira, à frente de sua tribo. Ele me fala como se cruzasse o pátio da Sorbonne, e fosse eu sua alma. Ensina-me, assim, a esgrimir princípios metafísicos, sempre úteis em uma época incrédula. Indica-me que ruelas visitar, se de verdade quero reconstituir os restos arquitetônicos da Paris que ele conhecera, antes de sua morte.

  • Jorge Amado, um grande romancista

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 14/12/2005

    Desde o berço, o sobrenome de Jorge Amado emitiu sinais de que viria a ser amado pelo seu povo. Aquele homem, que tinha a cara de árabe, mas de jeito baiano, estava destinado a criar uma obra que deitaria raízes no imaginário da sua gente.