Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • Adeus, Eduardo

    Jornal de Letras, Artes e Ideias (Lisboa), em 26/05/2017

    Não direi de minha amizade por Eduardo Portella. Não encontro forças, abalado pela sua partida. Direi apenas do crítico, do pensador, que vivo permanece, como um dos maiores poetas do ensaio em língua portuguesa.

     

  • A perda de um mestre

    O Dia, em 18/05/2017

    Eduardo Portella foi mais do que um dos nossos maiores críticos de literatura. Foi um crítico de ideias, filosoficamente fundamentado e sustentado.

     
  • Presidencialismo de colisão

    Folha de São Paulo, em 05/11/2015

    Falamos, o tempo todo, em presidencialismo de coalizão. Promessa enganosa ou desculpa inútil. Na prática política cotidiana o que se observa é o choque, ou a mera barganha, o conflito de interesses menores ou ambições maiores. A essa contracena inóspita se deve chamar de presidencialismo de colisão, sustentado pela democracia de consumo.

  • Irreverência plena a favor do país

    O Estado de S. Paulo, em 27/10/2012

    Darcy Ribeiro (Montes Claros, MG, 26 de outubro de 1922-Brasília, DF, 17 de fevereiro de 1997) foi o menos convencional, e talvez o mais destemido, dos nossos intelectuais. Lutou energicamente em várias frentes. Como antropólogo, professor, político, escritor de perfil plural, ensaísta, romancista, poeta, memorialista. Foi igualmente um bem-sucedido gestor cultural e educacional. Jamais pode ser visto como um conformado. Pertencia à família, não muito numerosa, dos militantes da esperança.

  • Poder aquisitivo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 02/08/2006

    Os governantes, em geral despreparados, continuam convencidos de que tudo podem. É quando o poder se torna obra de "ficção"TODOS MAIS ou menos sabem o que o poder pode. Poucos, o que o poder não pode.Não pode, por exemplo, subtrair, privilegiar uns em detrimento de outros, falsificar resultados, divulgar estatísticas fantasiosas, privatizar o espaço público, deixar de fora esses pré-requisitos. Ao cultuar a auto-estima excessiva ou o despreparo exagerado, ele habita feliz a sua ilha de fantasias.

  • Autoritarismo e simulação

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 03/02/2006

    O intelectual vem perdendo audiência e credibilidade. Sua cotação na Bolsa de Valores, e até na dos "amores", nunca foi tão baixa

  • Déficit político

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/10/2004

    Mais uma eleição com tudo o que ela, em si mesma, contém de significativo. E isso deve ser levado em consideração. Não se pode dizer que venha a constituir substancial avanço qualitativo da vida democrática. De modo nenhum. O que se observa, sem muito esforço, é antes a impugnação do trabalho político em favor dos respectivos arranjos eleitorais. A prometida reforma política continua sendo adiada, os partidos de aluguel prosperam, os baixos níveis de legitimidade nunca se alteram. Uma unanimidade contudo se mantém de pé, nacional e internacionalmente: somos medalha de ouro na olimpíada da desigualdade social. Sem levar muito em conta que jamais haverá redistribuição de renda sem distribuição equânime do poder político.

  • Falta cultura à educação

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 14/04/2004

    A comunidade acadêmica e a sociedade acompanham atentamente o debate sobre o problema da universidade brasileira hoje. Regimes de parceria e de negociação se impõem a todo instante. Estou certo de que a discussão dos nossos dias se destina não tanto a passar a limpo os desvios do percurso, porém a elaborar conjuntamente um manual de ação, matizado, conseqüente, timbrado urgente, urgentíssimo.

  • Hora de esquecer os defeitos e ver o valor de Gilberto Freyre

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 21/02/2004

    Os que apostaram na transitoriedade da obra de Gilberto Freyre fizeram um mal negócio crítico. As reedições dos seus livros clássicos, e as edições quase inesperadas de textos inéditos ou talvez extraviados, apontam em direção oposta. Agora mesmo a Global Editora vem de lançar, em cuidadoso volume comemorativo dos seus 70 anos, nova edição do Casa-grande & senzala. A Editora da Universidade de Brasília, com a Imprensa Oficial de São Paulo, também entrega ao público de Gilberto Freyre quatro volumes certamente inesperados: Palavras repatriadas, China tropical, Americanidade e latinidade da América Latina e outros textos afins, e Três histórias mais ou menos inventadas. Eles foram reunidos e anotados por ninguém mais, ninguém menos, do que o qualificado gilbertiano Edison Nery da Fonseca. O quarto volume, de narrativas provavelmente desconhecidas, conta com inteligentes prefácio e posfácio do poeta e ensaísta César Leal.

  • Merquior: um grande ensaísta

    Pude ver o nascimento intelectual de José Guilherme Merquior (1941-1991) nos idos do Jornal do Brasil, quando ele já era precocemente bem aparelhado e perceptivo. Hoje se diria esperto e antenado. A partir daí, ele foi construindo uma obra crítica de importância exemplar.

  • A solidariedade de Jorge Amado

    A obra de Jorge Amado remonta àquele tempo de “gestação de cidades”, tão precisamente reconstituído em O menino Grapiúna, até chegar ao impasse urbano, quando “a liberdade, a invenção e o sonho”, antigas legendas plebiscitárias, parecem agonizar, enredadas no cortejo dissoluto da modernidade.

  • História e tempo real

    O novo livro de Merval Pereira, “Mensalão” (Editora Record) — que será lançado na Livraria da Travessa do Shopping Leblon na terça, dia 26, às 19h —, é um manual de cidadania, destinado a todos os que, embora diante de uma democracia moralmente agonizante, resistem e apostam no amanhã. Porque, em meio aos destroços de um cotidiano politicamente enfermo, ainda é possível identificar saídas recuperadoras. Não por intermédio da mera reciclagem do lixo, mas pela restauração, pela reoxigenação de verdades nas quais continuam a acreditar o homem, o indivíduo social, os verdadeiros cidadãos, a insubstituível Justiça, o Estado de Direito. Aqui se escreve a história transparente do espantoso delito praticado contra os bons costumes democráticos. Aqui aparecem, à luz do dia, “tenebrosas transações” que se escondiam na escuridão da noite dos negócios partidários.

  • Já estamos no lucro

    Começamos a ingressar, com a dose combinada de inércia e descrença, em um clima de final de Copa. Onde estamos, aonde vamos? Quem ganhou? É o delírio finalista formatando a compreensão da história.